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Ultimamente fala-se muito de burn out. Na minha profissão, associada à saúde mental, trabalho a prevenção do burn out dos outros.
Mas este fim de semana apercebi-me de como foi fácil esquecer o meu próprio descanso.
Chamou-me a atenção algumas características minhas estarem a reacordarem: os textos escritos com falta de letras a meio. Perder tempo a olhar para o ar a tentar recordar o que ia fazer. As palavras trocadas. Tudo sinais de que o cansaço está em grande.
Mas, asseguro-vos, quando chego ao ponto da troca de palavras, fico zangada comigo mesma.
Qual é a gravidade de trocar palavras? Experimentem estar a falar com alguém e repetidamente dizerem a palavra "semáforos" quando o que querem dizer é parênteses... E só repararem quando o outro refere não perceber o que queremos dizer.
Fico zangada, não por trocar as palavras, mas porque se cheguei a este ponto, então não tenho andado a prestar atenção às minhas necessidades. Lá diz o ditado: em casa de ferreiro, espeto de pau.
Mas percebo-me muito cansada. E isso deixa-me descrente no futuro e no mundo. Acorda o meu velho amigo pessimismo. Deixo de sonhar.
E, já agora, de escrever.
Preciso de férias mas, infelizmente, os tempos ainda não estão para isso. Tenho que encontrar a imaginação para me descontrair e ver que bolas posso deixar na prateleira, antes de voltar a grandes malabarismos.
Tenho de vir aqui mais vezes desabafar a alma e deixar sair o cansaço nas palavras.
Pode ser que ajude.
Já agora, cuidem-se. Tenham uma noite descansada
Quiquera